Psicólogo ressalta vantagens de tratamento de depressão com neurofeedback

  • Por Jovem Pan
  • 12/07/2017 12h08
Jovem Pan

O neurofeedback é um novo tipo de tratamento contra doenças e distúrbios como depressão, ansiedade, insônia, dislexia e déficit de atenção, que não utiliza medicamentos que podem comprometer os sistemas neurológicos e psicológicos e ainda possui uma rapidez e eficácia nos resultados. Nesta quarta-feira (12), o psicólogo e mestre em Neurociência e Comportamento da USP, Leonardo Mascaro, explicou como funciona esse tipo de tratamento.

Segundo ele, o neurofeedback faz um treinamento cerebral para tratar das anormalidades do cérebro por meio de sessões com eletrodos que são colocados sobre o couro cabeludo. Nisso, um software faz um mapeamento neurológico e aponta as áreas específicas que necessitam de sinalizações sonoras e visuais.

“O neurofeedback é um treinamento do cérebro. Você lê a atividade neurológica e dá um desenho de ondas que vai indicar que tipo de condição você tem, as assinaturas neurológicas”, disse. “A partir da leitura daí você consegue ver onde as redes estão desreguladas. Você pode ter uma depressão e quadro de ansiedade ou outros tipos de doença. Quando essa condição é mapeada, você consegue tratar direto essa desregulação”, explicou.

Mascaro ressaltou que o grande problema em saúde mental sempre foi determinar a condição do paciente. Ele afirma que o diagnóstico inicial é a base de todo o tratamento e que com o neurofeedback, fica mais fácil de identificar, já que cada doença tem o seu próprio desenho neurológico e que o mapeamento mostra onde devem agir.

“Você usa uma toca para ver a atividade elétrica do cérebro, o equipamento faz a tradução do sinal para uma forma digital e compara o dado eletroencefalográfico com as informações do paciente”, contou. “As áreas que estou monitorando estão sendo comparadas com os valores. Eu sinalizo para o cérebro se algo se aproxima dessa janela que determinei nos desvios padrões. A coisa é tão sofisticada em termos neurológicos, que ele já identificou que a brincadeira é com ele. Em um minuto você já tem os circuitos neurológicos que foram mapeados”, complementou.

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